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Atualizado em 30/04/2022

13 formas ERRADAS de comunicação entre pais e filhos

Descubra quais são as 13 principais formas erradas de comunicação entre pais e filhos. Saiba como melhorar a sua relação com seus filhos e compreenda melhor as diferenças geracionais. Aprenda como evitar esses erros e comece a melhorar a sua comunicação hoje!

Pais e Filhos

Segundo Maria Tereza Maldonado, em seu livro Comunicação entre Pais e Filhos, existem treze forma insatisfatórias de comunicação na relação pais-filhos, como também em qualquer outra relação marido-mulher, professor-aluno, chefe-funcionário.

1. Dar Ordens 

Quando os pais ficam em cima da criança/adolescente dizendo o tempo todo o que fazer, pode provocar um desgaste, as ordens ficam cada vez menos eficazes e mais repetitivas. Além disso, o excesso de ordens pode causar resistência e rebeldia e neste contexto o relacionamento acaba se tornando uma luta pelo poder.

“Dar ordens é como dar antibióticos: se utilizadas em doses adequadas quando necessário, surtem bons efeitos; quando usadas e abusadas, fazem mal e tornam a pessoa insensível a elas”.

2. Ameaçar

Acontece quando a pessoa sente que está perdendo o controle da situação e quer mudar o comportamento considerado indesejável. Neste caso também ocorre o desgaste e a criança/adolescente tende a testar a ameaça para ver se ela realmente irá ser cumprida.

Existe a ameaça de sofrer alguma privação ou a promessa de receber algo em troca diante de um comportamento desejado pelos pais. Ambas só fazem a criança agir por medo ou interesse e não porque entende que é o mais adequado, o melhor para a vida.

3. Dar Lição de Moral

É dado com o objetivo de orientar os filhos a um bom comportamento. É apresentada como uma lei máxima, que a criança/adolescente muitas vezes aceita como tal e depois quando não consegue realizar da forma como foi orientado, se sente inferiorizado, culpado, desajustado.

“Os sermões estereotipados são mensagens ocas, que ensinam muito pouco porque provocam resistência e irritação: Entra por um ouvido e sai pelo outro”.

4. Dar Sugestões

Vem da necessidade dos pais em orientar os filhos de acordo com o que acham importante para eles. E com isso acabam revelando na criança/adolescente uma descrença na sua capacidade de saber o que é bom para si.

“Quando a criança sente a sugestão como intromissão e desrespeito à sua individualidade, tende a resistir e insistir em se opor para defender sua opinião”.

5. Persuadir 

“É convencer o outro a mudar de idéia ou de comportamento por meio da argumentação lógica”.

A persuasão pode ser eficaz em várias situações onde atinge a motivação, quando tem sentimentos fortes envolvidos, mas ela não favorece mudanças significativas, quando para a criança/adolescente é mais importante fazer o que é errado só para ser aceito por um grupo por exemplo.

6. Negar Percepções

Para aliviar o sofrimento ou a dor do filho. Porém, o que acaba conseguindo é transmitir a incompreensão. A criança pode se magoar e procurar outra pessoa para entendê-la.

Algumas crianças aproveitam dessa situação para conseguir dos pais o que querem. A longo prazo, o uso desta comunicação pode provocar dificuldade de discriminação e confusão.

A criança acaba não compreendendo os sinais do seu próprio corpo e assim demorando para avisar um “problema” ou achando tudo um “problema”.

7. Consolar e Dar Falso Apoio

Também para minimizar sofrimento e dor. Tenta-se reduzir a intensidade dos sentimentos dolorosos, como se isso fosse diminuir a própria culpa dos pais diante da dor da criança. Querem dar alívios a si mesmos.

Na verdade, essa mensagem não consola e nem dá apoio verdadeiro, apenas bloqueia a comunicação, podendo provocar no filho sentimentos de incompreensão, afastamento e corte.

8. Distrair, Fugir do Problema 

Acredita-se que distraindo a criança, afastando-a do foco do problema, conseguirá aliviá-la, mas o sentimento continua existindo e a criança se vê obrigada a sufocá-lo. Assim, ela não expressa o que sente e portanto, não deixa de sentir, podendo até, intensificá-lo.

Com o uso abusivo desta comunicação, a criança pode usar de fuga e distração como tática com seus familiares.

9. Criticar e Ofender 

Critica-se, acusa-se ou julga-se os filhos, na esperança de modificar um comportamento ou sentimento. Porém, crianças/adolescentes “ficam revoltados quando são sistematicamente comparados com irmãos, amigos ou até mesmo com os próprios pais”.

Quando a crítica é usada com excesso, diversos efeitos no desenvolvimento da personalidade e na construção do relacionamento podem ocorrer. As formas de comunicação utilizada com os filhos são rapidamente interiorizadas e utilizadas por eles. Um dos piores efeitos é prejudicar a construção da auto-imagem, o filho se vê de forma depreciativa, inferior.

10. Ridicularizar e Apelidar Depreciativamente

Também faz efeitos catastróficos na autoimagem. “Os apelidos depreciativos rotulam e catalogam determinadas características e atingem os pontos vulneráveis das pessoas, deixando-as abaladas por muito tempo”.

11. Elogiar

Generaliza-se de forma indevida, pois ninguém pode ser exemplar, maravilhoso, bonzinho o tempo todo. Com o tempo, “a criança pode internalizar uma super exigência e uma autocrítica impiedosa”.

A criança/adolescente pode se sentir culpado, como se tivesse que representar um papel falso, para não decepcionar o outro. Também pode acontecer do filho ter dificuldade de desenvolver a capacidade de auto-avaliação.

12. Fazer Perguntas

Quando se faz perguntas em tom interrogativo, se expressa desconfiança. Parte-se do pressuposto de que o outro está sempre errado, gerando tensão, temor e fechamento como medida de proteção.

13. Enviar Mensagens Contraditórias

“Provocam confusão e dificuldade de discriminação”. Dizer para o filho fazer algo que os pais não fazem é o mesmo que não dizer. Todas as pessoas aprendem pelo exemplo mais do que pela orientação falado, então, se o exemplo não condizer com a ação, os filhos não farão o que os pais estão solicitando, orientando.

Referência

MALDONADO, M. T. Comunicação entre Pais e Filhos: a linguagem do sentir. 19ª ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

Autor: DERMIVAL ALMEIDA

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